Como se comunicam os Intelectuais Defensores da Musicacefalia?

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A matéria acima é uma excelente amostra de como eles se comunicam. Uma forma educada e cuidadosa de ofender leviana e respeitosamente a tradição com o intuito de defender a ignorância diante de um apoio que usa o Politicamente Correto em prol de convencer seus leitores a: “Não corrigir ou criticar os analfabetos musicais, pois isso causa constrangimento e caso não entenda que o mundo está mudando você é o retrogrado é você que não está preparado para assumir que tudo o que conhece está errado”.

Os Druidas acreditam numa força espiral traduzida como “Sabedoria Primitiva“. Eles instruem que haveria nascido com os primeiros “A Ligação” direta com o transcendente sem a necessidade de uma “religare” (religião), afinal o ser não precisaria buscar se religar se já nascia ligado. Com isso o ser compartilhava de uma intimidade direta com o que foi traduzido para “A Verdade“, uma força imutável e inquestionável. Porem acreditava-se também que com o passar dos ciclos o ser distanciava-se cada vez mais desta Sabedoria Primitiva, consequentemente da A Verdade.

Levando em consideração o saber druídico para analisar o recorte da matéria acima – Pessoalmente – fico muito triste ao questionar-me sobre o caso e fazer uma analogia com o Compêndio História da Música Ocidental [GROUT, Donald J. & PALISCA, Claude V. 2014]. Mas antes de explicar a causa da minha tristeza gostaria de apresentar um pouco esse apanhado da história da musica qual chamo atenção para o seu índice. Ao lê-lo perceberemos que vários Períodos serão tratados minuciosamente analisando a evolução e desenvoltura da musicalidade. Trago para vocês uma curiosidade sobre essa obra de reconhecimento e prestígio internacional. Ler-se o índice da seguinte forma:

  1. A situação da música no fim do mundo antigo;
  2. Canto Litúrgico e canto secular na Idade Média;
  3. Os primórdios da polifonia e a música do século XIII;
  4. Música francesa e italiana do século XIV;
  5. Da Idade Média ao Renascimento: musica da Inglaterra e do ducado da Borgonha ao século XV;
  6. A era renascentista: de Ockeghem a Josquin;
  7. Novas correntes no século XVI;
  8. Música sacra no Renascimento tardio;
  9. Música do primeiro período barroco;
  10. ópera e música vocal na segunda metade do século XVI;
  11. Música instrumental no barroco tardio;
  12. A primeira metade do século XVIII;
  13. Origens do estilo clássico: a sonata, a sinfonia e a ópera no século XVIII;
  14. O final do século XVIII;

Esse apanhado ilustre de 20 capítulos que navega seguindo a bussola da transcendência e a genialidade particular de cada época se vê forçado a quebrar a própria Metodologia no capítulo 15:

15. Ludwig van Beethoven (1770 – 1827);

No subtítulo do capítulo informa: “O homem e sua musica” – o que já visa consagrar sua existência como um marco na história desta Arte. Beethoven Conviveu com a música clássica desde a infância, pois seu pai era professor de música e tenor na corte de Bonn. Ele viveu uma época de transição musical, entre a era clássica e a romântica. Aos 22 anos de idade mudou-se para a cidade de Viena (Áustria), onde construiu sua carreira. É autor de sonatas, quartetos, sinfonias e da ópera Fidélio, um de suas grandes criações. Em suas obras musicais passava um profundo sentimento e incomparável expressão. Nos últimos anos de sua vida, sofreu de surdez. Mesmo com o problema de saúde, continuou criando lindas obras musicais. Nos deixou no dia 26 de março de 1827, enquanto compunha sua 10ª sinfonia. Uma de suas obras mais conhecidas é a 9ª Sinfonia, que até os dias de hoje, é tocada em várias situações. Beethoven é considerado uma das grandes personagens da música de todos os tempos.

E então chegamos a conclusão do por quê de minha tristeza se fizermos uma analogia entre a proposta apresentada na matéria e o livro:

Se os mesmos Atuais Intelectuais Defensores da Musicacefalia criassem hoje um compêndio cujo título fosse “História da Música Ocidental”, o ilustríssimo Ludwig van Beethoven, fragmentador de metodologias perante sua autoridade, seria posto num capítulo provavelmente nomeado:

14. O final do século XVIII e o inicio do século XIX;

Onde, na mesma obra, quando fossem apresentar o marco histórico responsável pela grande mudança que abalou toda a estrutura da Musica o capítulo poderia vir se chamar:

21.  Sonic Foundry & Sony Sound Forge

Um programa de computador que edita e cria áudio digital recomendado ao uso profissional e semi-profissional do mercado de gravadoras e estúdios de gravação por sua “facilidade de manuseio“. Ou como dizia a propaganda após a compra dos direitos da Sonic Foundry pela Sony: “Você não precisa mais ser um ‘gênio‘ para criar sua própria música”.

Gostaria de terminar este post oferecendo aos amigos e convivas leitores um pouco de esperança. Esperança qual acredito ser o novelo de Ariadne neste “Labirinto do Politicamente Correto” que vivemos. Ou como se encontra escrito em cima do portal de entrada do Kilombo da Comunidade Morada da Paz em Triunfo

– “Dei-me Um exemplo, mais quê mil palavras”.