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-My history with the music-
Muitos já se perguntaram o porquê de mesmo tendo nascido e sendo criado onde fui, meu paladar auditivo se tornou tão diferente (refinado). É porque a vida (Deus, Deuses e Deusas) me concedeu algo especial que aqui será descrito. Porem vocês achem que não passou de um fenômeno natural qualquer. Pensando também que partiu unicamente de mim a busca pelo conhecimento devido à curiosidade do homem.
Mas eu sei.
Eu sei.
Que algo voltou seus olhos para mim e com pena quis salvar minha alma.
Alma sim, pois dizem que você é aquilo que come (corpo) e passei a crer que sua essência é aquilo que você ouve (anima mundi).
Bem nasci em um lugar esquecido pelo mundo, Afastado um pouco do centro metropolitano de Pernambuco chamado Águas Compridas. Mas precisamente Córrego do Nozinho.
Neste povoado as pessoas conseguem sorrir “alegremente” mesmo passando por inúmeras dificuldades.
Aqui as pessoas prestam favores umas as outras sem nada cobrar. E como todo bom lar também há brigas entre vizinhos que voltam a se falar no próximo Natal.
Porem há um problema serio neste lugar. A difusão cultural suburbana.
Certa vez ouvi dizer que o homem precisa mais de historias do que pão e vinho. No Córrego do Nozinho fica mais apropriado dizer que precisasse de pão e circo.
Não se sabe como, mas a cultura que chegou, e chega até o povo ainda hoje, é uma cultura obscura e destrutiva.
Os velhos percebem o que acontece no lugar com seus olhos experientes. Descobrem que é tarde e só pensam em partir dessa para melhor.
Os adultos só pensão em sexo trinta horas por dia. E os que vão para igreja em ser levado rapidamente por deus ao paraíso para fugir deste prostíbulo.
Os jovens preferem as drogas ao invés das bibliotecas. E os que vão para igreja são viciados em prosperidade pedindo sempre a Deus crescimento financeiro. Sem observar que logo ali na esquina existe alguém pedindo a Deus apenas um pouco de comida e roupa para se aquecer a noite.
E as crianças… Ah as crianças…
Estas são as primeiras vitimas da cultura destrutiva. As que não vão para escola são iniciadas nas artes do trafico.
As que vão para escola não sabem onde moram. Não conhecem o Barroco pernambucano , a capital da cultura, a Veneza brasileira, a importância que teve a Praça da Convenção para historia de nosso pais (praça esta que fica um pouco mais de 1Km de onde residem) e nem ao menos sabem quantas e quais são os nomes das regiões do Brasil. Mesmo conhecendo, passando perto, indo fazer compras nela, sentando em seus bancos, estando escritas em seus livros de geografia.
As que vão para igreja temem há deus. Mas nada sabem da historia de Jesus. E nem ousem perguntar, pois responderão que: Jesus é a pessoa que virá do céu para buscar os que vão à igreja e matar os que não vão.
“Ó grande sábio! Nem vós escapaste.”
E todas, exatamente todas as crianças são vitimas da péssima opção musical dos adultos. Que se acostumou com o que ouvem e acham normal os temas abordados por melodias repetitivamente seguidas de duas notas musicais e letras que fazem apologia ao sexo, drogas e protegem os bandidos apedrejando os representantes da lei.
Foi aqui que nasci…
Mais um dia, por um curto momento… Tudo mudará.
Eu era apenas mais uma criança alvo de todas essa Déscoltura (desconstruir + cultura).
Tinha amigos sim! Pois apesar de tudo os amigos feitos aqui são para toda vida. Vida curta infelizmente para aqueles que escolheram seus heróis naqueles que são contra a lei ética.
Um dia estava jogando futebol com meus amigos, tinha em torno de uns 9 anos. No campo onde jogávamos conhecido como “O Forno”, por lá parecer fazer mais calos que o normal fato este devido à geografia local, por trás de uma das traves havia uma relva alta, chamada de capim elefante.
Sempre que a bola ia parar no meio de tal vegetação ninguém se oferecia a pegar com medo de ser picado por uma cobra ou, até mesmo, atacado por um gambá. Isso sem contar que sempre quem voltava com a bola ficava com a pele irritada de tanto coçar.
Certa vez tantos amigos foram jogar que nem todos puderam participar da mesma partida.
Sendo assim ficariam de fora cinco pessoas, estas seriam responsáveis por ir pegar a bola quando saísse pela lateral do campo (gandulas). Cinco foram às pessoas e como sabemos quatro são os lados de um retângulo. Desta forma eu e meu ilustre companheiro de aventuras (e herói) o finado Edenildo…
(Não. Ele não foi vitima das drogas. Dês de que nasceu teve complicações. Ele tinha uma estrutura corporal especial desenhada por Nikke (Deusa da vitoria), que as pessoas julgavam ser uma deficiência. Suas pernas eram um pouco mais finas que o normal o que os outros não sabiam é que devido a isso ele era dotado de uma velocidade incrível. O único problema que tinha dês de que nascerá realmente, era o preço a ser pago por um dom tão especial. Para ser tão rápido quanto o vento dele deveria precisar ainda mais.
Meu grande amigo morreu de Asma).
… Participamos de um sorteio e ficamos para a próxima partida. Em outro sorteio ficamos responsáveis por pegar a bola quando caísse na área dos capins elefante. É sei! Não estávamos com sorte. Mais hoje sei que se jogássemos na loteria ficaríamos ricos.
Enfrentamos os perigos da grande relva e achamos uma pequena elevação de terra onde poderíamos ficar sentados e observar de cima toda extensão da vegetação.
Em nenhum momento precisamos sair de onde estávamos, pois a bola não veio cair deste lado. Porem algo mais aconteceu.
Lembro que conversava algo com Edenildo e ele nada respondia. Até que virei e o encontrei paralisado com os olhos esbugalhados como se estivesse encontrado um baú de tesouros. Olhei na mesma direção e lá estava.
Uma simples embalagem de pipoca dançando suavemente, como que fazendo um oito deitado, acompanhado a suave brisa do vento.
“Deus! Mais que vento?”
As folhas de capim, digo todas as folas, nenhuma se movia. Estavam tão paralisadas quanto meu amigo e eu agora. Não avia deslocamento de ar, não havia frescor, não havia vento. Misteriosamente a embalagem em uma silhueta diferente foi levada para longe. Uma leve brisa, como um sopro, passou. E percebemos que todas as folhas se agitaram.
Edenildo então disse – Você viu, o que foi isso? – Então dei a melhor das respostas para explicar o estranho fenômeno – Sei lá?!
A partida tinha acabado e era nossa vez de jogar. Edenildo então disse – Vamos era um sinal que nosso time vai ganhar! – E ganhamos varias partidas naquele dia (mérito para outro amigo, Nosso Ronaldinho gaúcho do povoado “Valdir”).
Até hoje lembro aquela sena.
Até hoje agradeço a quem estava ali, pois sei que tinha algo.
Esse algo me despertou a curiosidade. Com medo de ser tido como louco (apesar de no futuro meu pseudônimo passasse a ser “Maluquinho”, do qual muito me orgulho) sempre procurava perguntar de maneira supérflua.
“O que poderia ter sido tal fenômeno se um dia tivesse acontecido ou viesse a acontecer?”
Perguntei a varias pessoas até que um dia, quando cursará a primeira serie do ensino médio. Conheci mais uma pessoa especial, das varias que tive a honra de ser amigo. Meu professor de Filosofia Lepê.
Quando o questionei sobre o assunto ele me disse – Quando a resposta não se encontra na boca dos homens, possivelmente estão em suas mãos. – Foi a primeira pessoa a me forçar a encontrar a resposta por mim mesmo. Foi quem me ensinou a pensar de verdade.
Demorou um pouco para descobrir que quando ele disse “nas mãos”, quis dizer nos livros escritos por elas.
“Conheci um mundo mágico dentro deste em que vivemos. Eu li pela primeira vez um livro…”
Não sei o porque até hoje. Mais parecia que tinha sido guiado novamente. Por não saber como pesquisar sobre o assunto (embalagem de pipoca voando por conta própria), sai da biblioteca com nada – Como não podia haver um livro com esse assunto? – Então outro de meus heróis se apresentaram, seu nome “Gesé”.
Perguntou o que eu fazia ali. E quando disse que tinha ido procurar um livro para ler e não tinha me agradado por nenhum, me pediu para o acompanhar até a sua casa e me deu de presente o livro (bastante esgotado) Profanos e Iniciados. Que até hoje tem lugar de preferência em minha estante de livros.
A leitura me fez enxergar uma nova razão. O porquê de se estar vivo. A busca do Eu espiritual pelo Tu universal através do conhecimento, este ultimo sendo alimento da alma.
Ele não falava de Deus como o tirano bíblico. Mas como detentor de todos os saberes e proclamador da paz. E mesmo falando de Jesus como filho deste Deus. Parecia que não era o mesmo Deus cristão.
A fagulha de Planeswalker (Viajante dos Planos) foi acesa. Quis conhecer outras culturas, outros sábios, outros Deuses.
E conheci. Mas quem poderia ter sido naquele dia Abillio, Artio, Diana, Fagus, Fauna, Hathor, Helena, Korrawi, Lykurgos, Medeine, Meza mate, Pã, Silvano, Tane, Tapio…
Ou teria sido Caipora, Curupira, Driades, Elben, Fadas, Gandharvas, Gnomos, Heitsi-Eibid, Jinns, Juna, K`daai, Keskel-lilla, Kobolds, Laskowice, Maaheset, Maruts, Mikal, Oriades, Perit, Saci, Silfos, Ten-gu, bTsam… Entre outros.
Minha busca me levou até o irmão Davi e a irmã Merytatom. Devo muito a eles.
Um dia descutindo sobre minha busca os contei como tudo começou e os disse – Sei que não posso voltar no tempo e ver o que era com o dom que hoje tenho. Mas quero sentir em minhas mãos. Quero tocar a magia. – A irmã Merytatom logo rebateu me fazendo calar – Ricardo guarde bem o que vou lhe dizer. Tudo isso que aconteceu, e vem acontecendo é devido algo maior querer, por algum motivo, lhe livrar das energias lilás que crescem cada vez mais no mundo destruindo o equilibrio. E conseguiram. Você deve muito a ela, ele ou eles por isso. Sobre tocar a magia viver é uma magia. Sua vida é a melhor resposta para isso. Será que você não vê? – Decepcionado rebati – É isso então o que tem a me oferecer, palavras. Estou cansado delas em livros e em vozes quero pratica e não teoria. – Levantei e antes que saísse pela porta da galeria Mayara ouvi o irmão Davi dizer – Deixe minha querida, veja ao lado dele. Sei que não esta cega como o Ricardo – E disse Marytatam – Ricardo sei que não vai mas voltar para nos ver, pois não estaremos mas aqui. Mas você recebeu uma visita que o pediu para ter paciência, pois tocará a magia como quer e ela ainda estará manchada de sangue. – Fui embora e nem disse adeus.
Mas aquilo ficou em minha cabeça. Nada vi, mas tinha sentido uma presença. Manchada de sangue? Será que fala dos antigos rituais pagãos. Pesquisei a historia a fundo e descobri que os cristãos eram os verdadeiros pagãos, pois devem até hoje a Deus a falta de amor ao próximo.
Foi quando li a seguinte descrição.
“E ele tocava sua flauta para a grande Mãe ser farta… E a grande Mãe Natureza fazia com que a magia o tocasse…”
Pã. Deus fauno transformado pela igreja em sátiro depois em demônio em seguida assassinado.
Era isso! O sangue era a morte de Pã. E o que ele tinha deixado para humanidade?
Sim! Pã e não o falsário Henrique VIII (Taliesin que o diga), que se intitula o primeiro a escrever para instrumentos musicais. Provavelmente tinha pergaminhos que falava de como a flauta de Pã se expressará por si só e alguns cantos druidas roubados da igreja, claro, após seu rompimento o que dizem ter sido por causa de uma ilustre mulher que chamo encarecidamente de moreninha.
“Musica! Musica era o jeito de eu tocar a magia.”
Mas qual tipo de musica? Pã tocava para natureza e podia sentir a mesma na musica. Ao mesmo tempo em que alimentava o homem. Deste modo agradando também a natureza do seu corpo e alma.
Ouvi, ou melhor, degustei dos grandes Gênios da musica. Bach, Beethoven, Berlioz, Bernstein, Bizet, Brahms, Carlos Gomes, César Franck, Chopin, Debussy, Dvorák, Gershwin, Giacomo Puccini, Ginastera, Grieg, Haydn, Léo Delibes, Mahler, Mendelssohn, Moncayo, Mozart, Pachelbel, Prokofiev, Ravel, Rimsky-Korsakov, Rossini, Schubert, Schumann, Strauss, Stravinsky, Tchaikovsky, Villa Lobos, Vivaldi, Wagner… Entre outros.
Acredito que tenha conhecido todas as reencarnações de Apolo, Baal-Margod, Benten, Bragi, Caliope, Camenas, Dhrtarastra, Erota, Euterpe, Gandharvas, Graças, Gun Di, Gwydyon, Hathor, Hermes, Ihi, Kinyras, Laka, Melpomene, Meret, Museo, Odim, Orfeu, Oya, Polimnia, Rongo, Siva, Terpsecore, tabia, Uzume, Wen-Chang, Zhong-Kui, Toas as Musas de Zeus. Em fim todos proliferadores da musica, literatura, dança, arte…
Tive a sorte de conhecer outros estilos musicais Pop Rock, Rock and Roll, Folk, Celtic Music…
“Sim! A musica me fez e faz até hoje sentir a magia. Mas ainda não a tinha tocado.”
“Sim! A musica tinha me livrado das garras obscuras da Déscoltura. Mas ainda não tinha a Tocado.”
Dia 03 de Maio de 2008, recebo o telefonema informando que minha esposa, Denise, estava em trabalho de parto. Percorri (não minto) entorno de 10Km à pé para chegar na maternidade Barros Lima, onde ela daria a luz meu filho Ridlley.
Cheguei em plena hora de visita. Meu filho tinha acabado de nascer. Foi posto em meus braços ainda banhado com o sangue da Mãe (grande Gaia).
“Viver é uma Magia!”
“A vida é uma Magia!”
Como gostaria de lhe abraçar agora irmã Marytatom. Como ela dissera eles não estavam mais lá. E hoje a galeria Mayara parece tão vazia…
Walk On…
Ps: Chorei varias vezes enquanto escrevia esta historia. Minha historia. Não é mais importante do que a de nenhum de vocês.
A vida de todos nós é uma Magia…
Ajudem aqueles que estão necessitados a viver a magia também.
E não destruam a fonte de tal. Que espirou e espira até hoje…
Preservem a Vida, a Magia, o Amor, a Natureza…
Podemos sim! Salvar o “nosso” Mundo.
Drakomanth
Fantástico!